sexta-feira, 9 de março de 2012

Fotografando com uma lata?!

   Já imaginou montar sua própria máquina fotográfica? E se essa máquina fosse feita com uma simples lata?


    O termo pinhole significa em inglês “buraco do alfinete” e se refere às câmeras fotográficas muito primitivas feitas geralmente com latas e com um furo feito de alfinete ao invés de lentes de vidro.
   Apesar de muito simples, essas câmeras funcionam perfeitamente porque obedecem à todas as leis da física para a formação da imagem. Isso acontece porque todo objeto iluminado emite luz em todas as direções, só que o buraco do alfinete só permite a passagem de alguns desses raios. Como o raio caminha em linha reta, aquele que sai da parte de cima do objeto se projeta na parte de baixo do fundo da lata e aquele que sai da parte de baixo do objeto se projeta na parte de cima do furo da lata. O mesmo acontece com os raios laterais. Aqueles que saem do lado direito do objeto se projetam no lado esquerdo da lata e os que saem do lado esquerdo, se projetam no lado direito. É por isso que a imagem formada é invertida.
Esquema da câmara escura


         Para que possamos fazer uma fotografia com uma câmera dessas é preciso colocar um papel fotográfico no fundo da lata, onde a imagem se forma. Esse procedimento deve ser feito num ambiente escuro, já que o papel é sensível à luz. 


      O papel fotográfico que forma imagens em preto e branco é formado basicamente de duas camadas: uma camada de gelatina transparente contendo grãos de sais de prata sobre uma camada de papel. Os grãos de sais de prata são sensíveis à luz. Isso quer dizer que, quando a luz atravessa o furo do alfinete, o local que recebe luz será sensibilizado e os sais de prata sofrerão uma transformação estrutural em suas moléculas. Já os locais que não receberam luz permanecerão com prata inalterada.

    Ao se levar o papel fotográfico para o laboratório e revelá-lo com os produtos químicos adequados, os grãos de prata que foram sensibilizados pela luz sofrerão uma reação química e se tornarão prata metálica que tem a cor preta. Assim, os locais que receberam mais luz ficarão mais pretos, enquanto que os que não receberam luz nenhuma continuarão brancos. Tendo isso em vista pode-se entender porque a imagem formada é negativa. Ou seja, o que era branco no objeto fica preto na imagem e o que era preto no objeto fica branco na imagem.

     Através dessas informações, o Espaço Ciência Viva criou um módulo interativo e com um  maior contato com esse modo de fazer fotografia, acreditando na interdisciplinaridade que o módulo proporciona, unindo física, química e arte.


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