quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A psicologia desvendando a arte



“Quem puder me dizer por que um quadro é bonito ganha um vinho de presente!”
    Essa frase tão difícil de ser respondida foi dita pelo pintor francês Edgar Degas (1834-1917) e questiona o que é belo, ou melhor, o que caracteriza a beleza de uma obra de arte.
    Gostar de determinado quadro é uma questão de gosto?

Princípios do belo

    Indo a fundo nessa questão, a psicologia deu seu parecer sobre esse assunto. Foram realizados testes psicológicos e comprovado que existem regras estéticas que caracterizam a beleza de um objeto artístico.
    A primeira dessas regras existe desde o início da Renascença, porém a maioria dos artistas não conseguia reproduzi-la de modo preciso. Essa regra era a perspectiva espacial e essa dificuldade se deve ao fato da reprodução passar de um mundo tridimensional para a tela bidimensional.
    Qual dessas imagens é a mais bela?


Jesus diante de Caifás, de Giotto di Bondone (1267-1337)


A Santíssima Trindade 1427, de Masolino da Panicale (1383-1447)


    Se você acha que é a segunda imagem, está evidenciando o resultado desse teste psicológico. Na primeira imagem a sensação talvez é de desconforto, isso ocorre porque as linhas de fuga (linhas brancas) não estão convergindo para o mesmo ponto (ponto de fuga). O pintor tentou fazer isso na abóbada do teto, porém não conseguiu. No plano abaixo pintou também os degraus da escada fora do ponto de fuga, utilizando a velha perspectiva isométrica.
    A razão de ter escolhido a segunda imagem como bela é garantida intuitivamente pelo uso correto da perspectiva central, ou seja, as linhas de fuga estão convergindo para o mesmo ponto, retratando a imagem como é realmente vista.
    Outra regra relatada pelos psicólogos é sobre as formas geométricas. Quanto mais fácil de identificá-las maior prazer acontece. Esse prazer também ocorre quando reconhecemos os objetos e se eles estão no seu devido lugar. Inconscientemente nosso cérebro assimila com mais facilidade formas que se repetem com regularidade, evidenciando que a ordem e a regularidade origina uma experiência sensorial plena de prazer.


Bibliografia:


KERSTEN, Bernd. Do jeito que a gente gosta. Mente cérebro, São Paulo: Duetto, nº 17, p. 26 – 31.




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vídeo do passo a passo da atividade do Stencil


Passo a passo da atividade do Stencil



A atividade é recomendada para o público a partir da pré adolescencia e consiste na técnica chamada "stencil", que funciona da seguinte maneira:

1) Uma vez que pegamos a chapa de raio X a deixaremos de molho na água sanitária por cerca de  3 dias. Após esse período lavaremo-as a fim de elimar os nitratos de prata e utilizarmos somente o acetato. Aguarde secar.

2) Numa mesa, utilizaremos uma folha de papel ofício para realizarmos um desenho livre à lápis, mas preste bastante atenção, esse desenho terá que ser vazado, isso porque a técnica do stencil é a de exatamente fazer um tipo de molde vazado para uma reprodução em série, parecido com uma espécie de régua com letras do alfabeto.




3) Com o desenho no papel pronto, colocaremos o acetato seco em cima e  o copiaremos com o auxílio de um hidrocor . Após essa etapa começaremos a parte mais delicada que é a de retirar com o auxílio do estilete e da tessoura as partes  vazadas do desenho.





4) Terminado de vazar  todo o desenho no acetato escolheremos uma superfície que utilizaremos como modo de exibição do trabalho artístico (pode ser uma camisa, uma caixa, a capa do caderno ou simplesmente uma folha ofício) e com cuidado pintaremos a parte vazada utilizando um pincel batedor com as cerdas duras e grossas a fim de bater a tinta sem deixar que ela vá para as outras partes do desenho que não sejam as partes vazadas.



Assista também o vídeo acima do passo a passo da atividade.

O que fazer com as chapas de raio X?



    Depois que realizamos nossos exames radiológicos recebemos além do resultado as tão famosas chapas de raio X. O material base das chapas é o acetato, que no meio ambiente demora cerca de 100 anos para se decompor. Na composição dessas mesmas chapas está presente o nitrato de prata, que se descartado inadequadamente pode contaminar o solo.
    Infelizmente existem poucos postos que coletam essas chapas para serem aproveitadas sem causar sérios danos ao meio ambiente e a maioria da população as descartam no lixo comum ameaçando o meio ambiente.Com o objetivo de tornar o público conhecedor da importância  da reutilização ambiental através da reflexão e do contato o Espaço Ciência Viva criou um módulo que com o auxílio da arte desse um caminho para uma possível solução para a falta de alternativas quanto ao destino das chapas de raio X. Foi realizado portanto, um trabalho artístico acreditando ser de suma importância para o estímulo da sensibilidade.