domingo, 8 de abril de 2012

Criando Redes Neurais


    O Espaço Ciência Viva realiza no último Sábado de cada mês um evento aberto ao público com uma temática própria. No dia 31 de maio com o tema “Cérebro – Viajando na Linguagem” o Projeto Ciência e Arte apresentou nossa mais nova atividade: “Criando Redes Neurais”.
    O nosso cérebro e todo o nosso sistema nervoso é composto por bilhões de neurônios que são células especializadas na transmissão do impulso nervoso. Existem diferentes tipos de neurônios. Os neurônios sensitivos captam o estímulo dos nossos cincos sentidos enquanto os neurônicos conectores ou associativos transmitem este sinal ao sistema nervoso central.  Por fim, os neurônios motores (ou efetuadores) transmitem o comando do cérebro para determinado músculo se mexer. Devido a sua forma, eles têm capacidade de se “juntar em fileiras ou teias” para levar o impulso nervoso até o cérebro ou do cérebro para determinado órgão em um tempo extraordinariamente rápido.
    Inspirados nos primeiros desenhos de neurônios feitos por Ramón y Cajal em 1899, desenvolvemos uma atividade artística que auxilia no estudo da biologia desta célula.
    Numa placa de madeira jogamos pequenas quantidades da tinta nanquim, escolhida por ser mais líquida. Conforme assopramos o canudo, a tinta líquida se dispersa, formando as projeções dos dendritos, criando o formato alongado dos axônios e compondo o corpo dos neurônios. Cada integrante cria seu neurônio, resultando no final da atividade em uma grande rede neural colorida composta pelos diferentes tipos de neurônios.
    Veja abaixo as obras de pintura de uma grande rede neural com a técnica do assopro no canudo feita pelos nossos artistas visitantes do Sábado da Ciência: Cérebro – Viajando na Linguagem, no dia 31 de maio!
Participantes criando seus neurônios com a técnica do assopro no canudo

Placa de madeira pronta demonstrando a rede neural

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fotos do evento Sábado da Ciência com o módulo Criando Redes Neurais

Crianças assoprando a tinta através do canudo para criar seus neurônios 

Nascendo a rede neural!

Mais artistas!

Rede neural
Finalizando a obra

Primeira tela pronta!

Segunda Tela Pronta!

Terceira tela pronta!

sábado, 10 de março de 2012

Resultados das fotos extraídas da câmera pinhole

Mosaico de imagens demonstrando a atividade da câmera pinhole
Imagem em negativo extraída de uma câmera pinhole
Outra imagem em negativo extraída de uma câmera pinhole

sexta-feira, 9 de março de 2012

Como fazer e revelar as fotos da sua máquina pinhole?


    As câmeras são construídas utilizando materiais reaproveitáveis e de baixo custo como latas, cartolina preta, papel alumínio, alfinete, martelo, prego e fita adesiva preta. As latas tiveram seu interior pintado com tinta spray na cor preta. Além dos materiais para confecção da câmera, fizemos uso de revelador, fixador, papel fotográfico, pinças, bandejas, pregadores e varal para por as fotos para secar.


    Veja o passo a passo (para ampliar a imagem clique em cima):

Materiais necessários: martelo, prego, alfinete,tesoura, lixa, papel alumínio, cartolina preta, lata,fita isolante e fita adesiva
Com tinta preta, pinte dentro e a tampa da sua lata!

Com cuidado segure a lata e faça um furo de prego com o auxílio do martelo.
Olhe o furo!

Com cuidado lixe a parte de dentro do furo da lata para retirar as sobras de alumínio da lata e evitar que entre luz!
Com a tesoura corte um retângulo de papel alumínio
Cole a fita adesiva nas extremidades do papel alumínio e prenda na direção do furo de dentro da lata.
Olhe como ficou!
Com isso faremos um furo no papel alumínio dentro do furo que fizemos com prego, só que agora com o alfinete
Com a cartolina preta cortaremos um retângulo e dois moldes para colocar na tampa da lata evitando entrar luz!
Corte com cuidado!
Com a fita isolante preta prenda as extremidades do retângulo
Cole o retângulo na direção do furo do lado de fora da lata. Ele irá abrir e fechar e será por esse furo que fotografaremos
Encaixe os moldes de cartolina na tampa da lata
Nossa máquina pinhole está pronta!!!
Agora para fotografarmos precisamos de um pedaço de papel fotográfico que caiba na lata. Esse papel fotográfico é sensível a luz, por isso que devemos fazer esse procedimento num ambiente escuro com uma leve iluminação vermelha.
Escolha qualquer coisa para fotografar. Dê preferência à lugares fixos, ou seja, onde a lata não sofre nenhum tipo de movimento, pois a foto pode sair embaçada.
Retire um dos lados da fita isolante que prende a cartolina preta que está em frente ao furo da lata e aguarde alguns segundos. O tempo vai variar conforme o lugar que escolher. Por exemplo, se escolher tirar a foto numa região de sombra deixe mais tempo (30 segundos mais ou menos). Caso o lugar esteja com uma boa quantidade de luz deixe menos tempo (15 a 20 segundos). Após o término do tempo de exposição feche novamente o furo da lata e só abra no ambiente escuro!
Agora começaremos nosso processo de revelação. Ele deverá ser feito no ambiente escuro com uma leve iluminação vermelha. Retiramos o papel fotográfico da lata e o jogamos no revelador, que é uma química forte que exige muito cuidado. É importante usar luva e jaleco. Deixe seu papel fotográfico alguns segundos imerso na química virando e revirando com o auxílio de uma pinça
Quando a imagem tiver sido formada com cuidado a passe para a próxima etapa.
O interruptor é a água, essa é a nova etapa que o papel fotográfico vai passar. Ela serve para interromper o processo de surgimento de novas imagens.
Por último deixaremos de molho o papel no fixador, que também é uma química forte e exige muito cuidado. É importante usar luva e jaleco. O fixador evita que a imagem se perca!
Finalizando a atividade lave as suas fotografias em água corrente
Antes de expô-las deixe secando por algumas horas!


Veja o princípio da máquina pinhole nesta postagem:  http://arteecienciaporquenao.blogspot.com/2012/03/fotografando-com-uma-lata.html

Fotografando com uma lata?!

   Já imaginou montar sua própria máquina fotográfica? E se essa máquina fosse feita com uma simples lata?


    O termo pinhole significa em inglês “buraco do alfinete” e se refere às câmeras fotográficas muito primitivas feitas geralmente com latas e com um furo feito de alfinete ao invés de lentes de vidro.
   Apesar de muito simples, essas câmeras funcionam perfeitamente porque obedecem à todas as leis da física para a formação da imagem. Isso acontece porque todo objeto iluminado emite luz em todas as direções, só que o buraco do alfinete só permite a passagem de alguns desses raios. Como o raio caminha em linha reta, aquele que sai da parte de cima do objeto se projeta na parte de baixo do fundo da lata e aquele que sai da parte de baixo do objeto se projeta na parte de cima do furo da lata. O mesmo acontece com os raios laterais. Aqueles que saem do lado direito do objeto se projetam no lado esquerdo da lata e os que saem do lado esquerdo, se projetam no lado direito. É por isso que a imagem formada é invertida.
Esquema da câmara escura


         Para que possamos fazer uma fotografia com uma câmera dessas é preciso colocar um papel fotográfico no fundo da lata, onde a imagem se forma. Esse procedimento deve ser feito num ambiente escuro, já que o papel é sensível à luz. 


      O papel fotográfico que forma imagens em preto e branco é formado basicamente de duas camadas: uma camada de gelatina transparente contendo grãos de sais de prata sobre uma camada de papel. Os grãos de sais de prata são sensíveis à luz. Isso quer dizer que, quando a luz atravessa o furo do alfinete, o local que recebe luz será sensibilizado e os sais de prata sofrerão uma transformação estrutural em suas moléculas. Já os locais que não receberam luz permanecerão com prata inalterada.

    Ao se levar o papel fotográfico para o laboratório e revelá-lo com os produtos químicos adequados, os grãos de prata que foram sensibilizados pela luz sofrerão uma reação química e se tornarão prata metálica que tem a cor preta. Assim, os locais que receberam mais luz ficarão mais pretos, enquanto que os que não receberam luz nenhuma continuarão brancos. Tendo isso em vista pode-se entender porque a imagem formada é negativa. Ou seja, o que era branco no objeto fica preto na imagem e o que era preto no objeto fica branco na imagem.

     Através dessas informações, o Espaço Ciência Viva criou um módulo interativo e com um  maior contato com esse modo de fazer fotografia, acreditando na interdisciplinaridade que o módulo proporciona, unindo física, química e arte.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A psicologia desvendando a arte



“Quem puder me dizer por que um quadro é bonito ganha um vinho de presente!”
    Essa frase tão difícil de ser respondida foi dita pelo pintor francês Edgar Degas (1834-1917) e questiona o que é belo, ou melhor, o que caracteriza a beleza de uma obra de arte.
    Gostar de determinado quadro é uma questão de gosto?

Princípios do belo

    Indo a fundo nessa questão, a psicologia deu seu parecer sobre esse assunto. Foram realizados testes psicológicos e comprovado que existem regras estéticas que caracterizam a beleza de um objeto artístico.
    A primeira dessas regras existe desde o início da Renascença, porém a maioria dos artistas não conseguia reproduzi-la de modo preciso. Essa regra era a perspectiva espacial e essa dificuldade se deve ao fato da reprodução passar de um mundo tridimensional para a tela bidimensional.
    Qual dessas imagens é a mais bela?


Jesus diante de Caifás, de Giotto di Bondone (1267-1337)


A Santíssima Trindade 1427, de Masolino da Panicale (1383-1447)


    Se você acha que é a segunda imagem, está evidenciando o resultado desse teste psicológico. Na primeira imagem a sensação talvez é de desconforto, isso ocorre porque as linhas de fuga (linhas brancas) não estão convergindo para o mesmo ponto (ponto de fuga). O pintor tentou fazer isso na abóbada do teto, porém não conseguiu. No plano abaixo pintou também os degraus da escada fora do ponto de fuga, utilizando a velha perspectiva isométrica.
    A razão de ter escolhido a segunda imagem como bela é garantida intuitivamente pelo uso correto da perspectiva central, ou seja, as linhas de fuga estão convergindo para o mesmo ponto, retratando a imagem como é realmente vista.
    Outra regra relatada pelos psicólogos é sobre as formas geométricas. Quanto mais fácil de identificá-las maior prazer acontece. Esse prazer também ocorre quando reconhecemos os objetos e se eles estão no seu devido lugar. Inconscientemente nosso cérebro assimila com mais facilidade formas que se repetem com regularidade, evidenciando que a ordem e a regularidade origina uma experiência sensorial plena de prazer.


Bibliografia:


KERSTEN, Bernd. Do jeito que a gente gosta. Mente cérebro, São Paulo: Duetto, nº 17, p. 26 – 31.