quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A subjetividade de um biólogo

  As imagens abaixo foram feitas pelo estudante de biologia Junior Paes no jardim do Espaço Ciência Viva, focando a fauna e a flora do ambiente. Mas será que se eu, estudante de arte, estivesse com essa câmera na mão tirando fotos do mesmo espaço que ele, ou até do mesmo indivíduo, a foto sairia igual? Obviamente que não! Embora essa conclusão passe despercebida, todos têm a absoluta certeza desta resposta.
  Com o surgimento da fotografia, em 1839, os grandes pintores da época, os chamados de verdadeiros artistas, perderam seus serviços sociais (desenhos de retratos, de vistas das cidades, de ilustrações), para os fotógrafos, surgindo várias teses contra esse novo meio mecânico. Com o tempo, a fotografia foi inovando e se impondo, e hoje não restam dúvidas que ela é sim um tipo de arte. Mas onde esta a arte se o meio a ser fotografado está pronto e não precisamos fazer nenhuma interferência artística?
  A arte nasce a partir dos sentimentos ou gosto pessoal. O fotógrafo manifesta suas inclinações e gosto na escolha dos temas, na disposição espacial, na iluminação, no enquadramento, no enfoque. Notem bem que as fotos foram feitas por um biólogo e mostram focos de acordo com seu gosto pessoal, de acordo com sua subjetividade, provando que ninguém pode criar fotos como as dele. Isso só tende a afirmar que em qualquer tipo de criação, seja pintura, escultura, gravura, e até na fotografia, a arte é pessoal e consequentemente única.









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